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COM APOIO BRITÂNICO, JUIZ DE FORA TERÁ PRODUÇÃO DE BIODIESEL DE MACAÚBA

Mais um passo foi dado em favor da produção de biocombustíveis em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O projeto, que envolve a cidade mineira, o governo britânico, por meio do seu Fundo de Prosperidade, a empresa britânica Green Fuels, entre outros, foca a produção do recurso por meio da plantação de macaúba, palmeira nativa do Brasil.

Acordado em 2018, o programa vai dar início agora à construção da usina que transforma óleo vegetal em biocombustível – com previsão de término para a metade do ano que vem – e a uma unidade técnica onde haverá o cultivo da planta, de forma sustentável, com foco no treinamento dos produtores. O investimento nessa primeira etapa está estimado em R$ 2 milhões, de um total de R$ 6 milhões, aproximadamente.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuário da cidade, Rômulo Veiga, a perspectiva é que, ao longo do projeto, sejam plantados 130 mil hectares de macaúba, o que equivale a 220 milhões de litros de biocombustível. O produto poderá ser usado, inclusive, na aviação civil.

A quantia, destaca ele, não é muita, mas o sucesso da iniciativa poderá levá-la a mais cidades mineiras e a outros estados que tenham as características necessárias para o cultivo da planta.

Outras vantagens do projeto, lembra ele, são a “ressignificação da agricultura familiar, a geração de emprego e renda e a recuperação de áreas degradadas”. De acordo com o secretário, até 30 mil empregos poderão ser gerados, entre produtores, envolvidos no desenvolvimento industrial, entre outros. As expectativas são de que em 2026 a cidade já produza o biocombustível em alta escala – destacando que a produção da macaúba leva cerca de quatro anos.

Ao longo do tempo, não deverá faltar cooperação técnica com a Inglaterra, em um primeiro momento, e com a Alemanha, posteriormente, para a implantação de tecnologias que contribuam com todo esse processo. “Toda essa condução tecnológica envolve diretamente pesquisadores brasileiros. A ideia é termos domínio tecnológico para não exportar matéria-prima e, sim, termos o produto acabado”, diz Veiga.

Cooperação

O Fundo de Prosperidade do governo britânico dá apoio ao desenvolvimento econômico em países que poderão se tornar alguns dos principais parceiros comerciais do local. Além do foco no combate à pobreza, a iniciativa ainda tem como expectativa a criação de oportunidades para a realização de negócios internacionais, incluindo as organizações britânicas.

“O mundo hoje enfrenta um imenso desafio em relação às mudanças do clima, que desconhece fronteiras e vai impactar a todos, independentemente de riqueza, políticas, gênero, idade ou raça. O Reino Unido está comprometido com ações transformadoras como comprova, de modo específico, a parceria firmada em Juiz de Fora por meio do programa de energia do Fundo de Prosperidade do Governo Britânico, e, de modo geral, a seleção de Glasgow, na Escócia, como sede da COP 26”, disse o embaixador britânico para o Brasil, Vijay Rangarajan, em comunicado para a imprensa.

Fonte: biodieselbr

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